Dia desses, Diego Ferrero, 22 anos, vocalista do grupo NX Zero, foi ao motel com a namorada. Na saída, as funcionárias faziam fila para tirar foto com ele. "Eram umas seis da manhã, eu estava cansado, descabelado, só queria ir embora", diverte-se ele. Essa é só uma das histórias que mostram a popularidade do NX Zero.
Foi deles o show de lançamento da versão brasileira do MySpace (o site de relacionamento usado para divulgação de bandas), dia 19. Só os 500 primeiros que levassem o perfil no MySpace impresso conseguiriam entrar no show, em São Paulo. Resultado? "Desde as 7h da manhã do dia anterior já tinha gente esperando", conta Diego.
Este ano, eles ganharam o Prêmio Multishow de Revelação; o de melhor banda do ano no Capricho Awards e o Video Music Brasil, da MTV - nas categorias Hit, Artista e Gostoso do Ano, para Diego. "Sou 'mó' frango, foi 'mó' engraçado", brinca Diego. "Esse não é o foco, estou ligado em música. Não é que eu não curti, estava lá, demorou, vamos aí", diz.
Eles também não saem dos programas de TV: passaram por Fantástico, Estação Globo, Altas Horas, Tudo é Possível, Viva a Noite, Raul Gil e Hebe, só para citar alguns. "Sabe aquele momento que não vai ter outro na vida?", diz Diego. "A gente tem conhecido os caras das bandas que admirava. Vimos o show do Paralamas do palco e eles ali, trocando idéia de igual para igual, e eu meio fã", espanta-se ele, que também acabou de gravar DVD.
O perfil de quem aborda os integrantes na rua é variado. "Tem gente que conhece todas as músicas porque comprou o CD, quem nos vê nos festivais, quem conhece de rádio, os pais da galera...", diz Diego. "Está virando um público que a gente não tinha, do 'mainstream'. Tem gente que gosta de Jeito Moleque e vai ao nosso show. Acho isso o máximo", jura ele.
Mas Diego, o Di, que toca ao lado de Gee (Leandro da Rocha, 21, guitarra e vocal); Dani (Daniel Weksler, 21, bateria); Fi (Filipe Ricardo, 21, guitarra) e Caco (Conrado Leal Grandino, 21, baixo) - não gosta de dizer que o NX Zero é a banda do momento.
"A gente ainda tem muita coisa para fazer", argumenta. Ele também rejeita o rótulo de emo, apesar de a banda fazer hardcore melódico com letras românticas - o maior sucesso do grupo é Razões e Emoções e acabou de gravar Apenas Mais uma de Amor, de Lulu Santos. "O nome emo ficou banal. No começo era conceitual, como o punk."
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